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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

6 - O QUE É O YOGA

Ceres Moura, desde a primeira aula de yoga, chamou a atenção de nós,  seus alunos do Curso de Formação de Instrutores, para conceito de yoga.  

Explicou que etimologicamente a palavra Yoga, vem de yuj, do sânscrito, que significa unir, jungir. E que o significado de yoga é a integração, nas dimensões física, mental e espiritual.
Apresentou, ainda, diversas definições de yoga, refletindo sobre cada uma delas. Tendo eu destacado entre elas inclusive as  seguintes: a de Patanjali, “Yoga citta vritti nirodha”, “yoga é a redução dos movimentos da consciência”; a de “O yoga é chamado de unificação das teias das dualidades”  e a de Pedro Kupfer, “Yoga é a arte de viver consciente”.
  Enfatisou que a Yoga, não é praticada não só em ásanas, como muitos dos ocidentais pensam ser restrita o yoga. Embora, os asanas, posições, sejam a parte mais visível do yoga principalmente para os leigos. Explicou que, conforme Patanjali, um sábio sistematizador do conhecimento do yoga, que viveu aproximadamente no século II d.c,  a prática  yoguica é muito mais do que isto, e, segue, no mínimo oito angas ou membros, que vocês conhecerão ao longo do curso de instrutores,.

Curioso, fui ler, sem  compreender, nos Sutra de Patanjali, quais seriam estas anga (membros do yoga), obtive a definição, sem compreendê-los na integridade, mas, que serão aprofundados nestes livros, nas próximas páginas. São eles: Yama (restrições, grande compromisso com o todo, indpendente da situação social, local, momento e circunstancia vivenciada pelo praticante); 2- Niyama - observancias, conjunto de atitudes para consigo mesmo; 3 - ásana, posições físicas, praticadas com o uso da vontade, que se tornam firmes e confortáveis, com a eliminação das tensões e com alcance da identificação com o infinido, contribuindo assim para o cessamento das dualidades; 4- pranayama = controle da bioenergia, pelo alento, com movimentos internos, externos e suspensos, obsevando tempo, local e número, tornando-se sutil, transcendente em relação ao modo ordinário de expirar e inspirar, limpando o véo que oculta a luz do verdadeiro conhecimento e proporpocionando o aprofundamento para a concentração mental. 5 - pratyáhara = máximo domínio da desconexão dos sentidos e da atividade para o afloramento da identidade da consciência com a natureza desta. 6- Dhárana = concentração da mente num só ponto interior ou exterior ou num objeto; 7 = Dhyana = meditação yoguica, fluxo unidericional constante  do conteúdo da consciência, inclusive dos processos  mentais (vrttis) e do conhecimento transcente (jñana), numa relação que se alcança a absorção. 8 = samadhi = hiperconsciência, estado de enstase, em que a undiade é alcançada.   

- Para conhecer o yoga, acrescentou, vocês deve estudá-la histórica, filosófica e espiritualmente, bem como praticá-la 24 horas por dia. Sabendo que a perfeição na sua prática, é vital embasamentos essenciais para vivência e evolução, aplicados com sabedoria;  como jnãna[1]  e swadhyáya[2]. E explicou estes termos.
Naquele dia encontrei o mestre Kim, solicitei sua definição de yoga, tendo ele, após uma longa exposição concluindo:
                   - “Em seu sentido amplo, yoga significa a crescente purificação, que leva a  integração saudável e  positiva do ser humano consigo mesmo, com sua ação e reação, com os outros seres, com a natureza e com  Ishwara[3], como prática e fim”.
                     - Alerto que atente para fato de que o yogue sabe e se dedica a uma prática,  busca unificadamente um fim, a integração, disse em tom grave.

                             Ainda, referiu a uma sutra de Patanjali, falando que a prática de yoga é pureza em crescendo no sentido da origem do universo, pois como observado no Sutra 2.28:
 “Com a prática continuada e espiritual (anusthana) dos membros do yoga(4) (yoga anga), destrói-se as impurezas (asuddhi ksaye) e se desperta o esplendor do conhecimento (jñana diptin) interiorizando (a) o discernimento (khyati) da diferença (viveka) entre o Si Mesmo (Purusha) e a matéria primordial (Prakriti), alcançando o aspecto sádio e puro da mente (satwa)."

Ele disse complementando:
- Estes - purificação e despertar - somente serão entendidos por você no curso dos estudos-prática.  Parece precipitado sua apresentação deste Sutra agora para você, mas é uma síntese do que vem depois, não esqueça dele. Esteja com ele presente, ajudará você saber onde ir. Escreveu-o num papel, e, então, me entregou o escrito. E disse:
- Guarde-o, leia a cada etapa de seu estudo-prática.

Persisti  na interrogação do que significaria aquela integração, falada por ambos mestres, sem que tivesse expressado minha dúvida  o mestre Kan acrescentou:
- Você saberá quando estudar mais a fundo o yoga, principalmente quando dominar a compreensão sobre o processo evolutivo apresentado pelo Samkhya, o qual abrirá caminhos para a vivencia do samádhi, a superconsciência, o ênxtase, mas aguarde. Só com tempo e prática você evoluirá no saber mais sobre o que é o Yoga.


[1] Jñana = conhecimento conceitual, sabedoria intuitiva superior, erudição.
[2] Swádhyáya = auto-estudo e estudos dos livros sagrados.
[3] Iswara = trata-se de um purusha especial, com onisciência, onipotencia e com capacidade de controlar todos os elementos do universo.

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