BHUJÁNGÁSANA (POSIÇÃO DA NAJA)
Bhujánga significa naja, em sânscrito.
Execução: Deite-se em decúbito ventral, relaxadamente, com as pernas esticadas, pontas dos pés unidos (ou parelelos a uma distância de 5 A 10 cm) e calcanhares separados. Coloque as palmas das mãos ao chão abaixo do nível das áxilas e apontando no sentido paralelo ao da cabeça, os braços dobrados com os cotovelos para cima. Testa abaixada e apoiada no solo. Eleve a parte superior do corpo pressionando a mão na base e eleve gradativamente a cabeça numa posição similar à serpente atenta. Coordenadamente, há contração e relaxamento dos músculos das costas. A pélvis, bem como daí até aos pés, permaneça na base. Prenda o ar (kumbhaka). Estabilize, havendo a curvatura da natural da coluna, sem forçar, e há contração das nádegas e esfíncteres. Alcançado tal nível suportável, aguarde alguns segundos. Depois, desça suave e vagarosamente, voltando ao estado inicial. BENEFÍCIOS DA POSIÇÃO:
- - Ao executar, é necessário a consciente coordenação com a respiração, o que contribui para elevar o potencial desta e a contribui para regularidade respiratória. Como há exigência da caixa torácica e são ritmicamente ativados os pulmões que se desenvolvem e, resulta em elevação da capacidade respiratória e expansão da região torácica.
- - Os músculos das costas são irrigados, fortalecendo os deltóides, trapézio e tríceps. A posição, ainda, dá elasticidade às costas e à coluna, tende assim inclusive a aliviar dores nas costas, principalmente se decorrentes do cansaço. Contribui também para o desenvolvimento dos músculos abdominais.
- - Pode contribuir para alinhamento, flexibilidade e alongamento da coluna, inclusive corrigindo desvio, dando-lhe contornos de significativa beleza.
- - Esta posição ativa as glândulas e centros nervosos anteriores, como a tireóide.
- - Age sobre trinta e um pares de nervos raquidianos que saem espaços invertebrais, bem como a cadeia de gânglios do sistema vago-simpático. Como observou Hermogenes, quem conhece a fisiologia do sistema nervoso em geral, desde logo conclui do valor extraordinário deste ásana.
- - Dada a amplitude de sua atuação, na coluna, medula, glândulas e sistema neurovegetativo, contribui para combate de neuroses, especialmente a angústia e o complexo de inferioridade.
- - Diminui a flatulência e a constipação. Regula o sistema digestivo, tonificando.
- - Age sobre o útero e os ovários, contribuindo na diminuição dos efeitos da TPM, regulando o ritmo do ciclo menstrual e combatendo eventual processo inflamatório.
- - Tonifica e regula os rins, inclusive reduzindo ou vencendo os cálculos renais; também contribui para o equilibrado funcionamento do fígado e vesícula.
- - Contribui na cura da anorexia e, também, em outros casos de inapetência.
- - Esta posição, também, serve para elevar a temperatura do corpo.
- Com o avanço no yoga, esta posição está entre aquelas que contribuem para o despertar da kundalini.
PRECAUÇÕES E RECOMENDAÇÕES.
- É contraindicada após o primeiro trimestre de gravidez e aos hipertiróideos.
- Matreyananda apresenta as seguintes recomendações: Se provocar dores nas zonas, lombares e cervical ou no colo, parar e avaliar a causa. Se tiver lordose, avaliar antes. O mesmo se tiver problemas circulatórios ou hérnia de disco na zona cervical ou lombar. Contraindicada em caso de inflamações nos rins e na zona pélvica.
- Já de Indra Devi foram as seguintes recomendações e precauções: "Ao se curvar para trás não faça movimentos bruscos, pois poderá distender algum músculo. Faça uma elevação gradual como se fosse uma cobra levantando-se para dar o bote. Ao terminar, é aconselhável um bom descanso que relaxe e alivie o esforço demandado pela posição. Deverá este ser feito ficando-se de bruços, encontando os joelhos no peito e mantendo as costas arqueadas". (obra citada, pág. 24).
VARIANTES: Uma delas é, quando estiver com o corpo no apíce e a cabeça elevada, olhar para esquerda, voltando ao centro; depois , a direita e voltando ao centro. Como se fosse uma serpente, procurando e espreitando uma presa.
A variante ardha bhujángásana, apoia nos antebraços, apontados no sentido parelelo e a frente do corpo, pela semelhança, é denominada de, em português, posição da esfinge.
Já a variante úrdhwa utthita bhujángásana, há uma elevação maior do corpo, com a cabeça voltando mais para trás e exigindo uma maior flexão da coluna.
A variante ardha bhujángásana, apoia nos antebraços, apontados no sentido parelelo e a frente do corpo, pela semelhança, é denominada de, em português, posição da esfinge.
Já a variante úrdhwa utthita bhujángásana, há uma elevação maior do corpo, com a cabeça voltando mais para trás e exigindo uma maior flexão da coluna.




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